Formação em Avaliação e Inteligência Artificial para os educadores da Escola Municipal Prof. Edelvira em Feira De Santana
- Prof. Zé Nelson

- 2 de jul.
- 3 min de leitura

Riqueza de trocas e saberes resumem o encontro de formação que tive o prazer de compartilhar minhas experiências como educador junto aos professores da Escola Municipal Edelvira Oliveira, no dia 30 de junho, e, com um detalhe: eu também faço parte dessa equipe. Há uma expressão do Paulo Freire, em uma de suas falas, em que ele afirma "me movo como educador, porque, primeiro me movo como gente".
Essa frase de Freire ressoa profundamente quando observamos a essência do ato educativo, a final, Ser "gente" antes de ser educador significa reconhecer nossa humanidade compartilhada, nossas vulnerabilidades e potencialidades. Durante nossa formação, foi perceptível como esse olhar humanizado permeou cada diálogo e cada troca de experiência. Isso porque os professores não se limitaram a compartilhar técnicas pedagógicas; eles abriram suas histórias, suas trajetórias olhares e desafios, experiências esas que são potências, diante de tantos atravessamentos que afetam a educação brasileira. Essa humanização do processo formativo tornou o ambiente de confiança mútua, onde o aprendizado aconteceu de forma orgânica e significativa, lembrando-nos de que educar é, antes de tudo, um encontro entre pessoas.
Cada educador carrega consigo a capacidade de modificar trajetórias, de despertar potenciais adormecidos e de semear esperanças onde muitos veem apenas dificuldades. Essa força transformadora não nasce apenas do conhecimento técnico, mas da convicção de que cada estudante pode superar suas limitações e alcançar seus objetivos, nasce de cada professor(a) que, apesar dos apesares, persite, investe esperança. Os professores são, em essência, arquitetos de futuros possíveis, gosto do verbo "esperançar" do Paulo Freire, porque, como professores, é isso que fazemos todos os dias. Ensinamos com a certeza de que vamos formar pessoas que serão eleitores melhores, serão profissionais melhores que vão mudar a realidade familiar e, por conseguinte, a própria realidade em que se encontra.
Nesse cenário de transformação que é a educação, a Inteligência Artificial surge como uma ferramenta poderosa de apoio ao trabalho docente, sobretudo com as demandas que acompanham a vida de professor. Durante essa formação, foi possível perceber como a "pergunta certa" feita à IA (inteligência artificial) pode ser um diferencial significativo para seu uso prático na elaboração e otimização de ações docente. Claro, devo lembrar que não se trata de substituir o educador, mas de amplificar suas, ou melhor, nossas possibilidades, e ganhar algo que, vamos ser honestos, é um desafio para todo educador que atua dentro e fora de sala de aula: tempo. Com isso, é importante ressaltar que a tutela do educador permanece fundamental: é ele quem contextualiza, adapta e humaniza as informações obtidas, você professor(a) que estál lendo esse texto é a baliza para o uso proveitoso das IA.
Além disso, ela pode auxiliar na criação e adaptação de materiais didáticos, na elaboração de estratégias pedagógicas diferenciadas e na personalização do ensino, mas sempre sob a orientação sensível e crítica do professor, que conhece sua realidade e seus estudantes e sabe como e para qual fim tais materias podem ser usados. Com isso, aprendemos é que a tecnologia, quando bem direcionada pela expertise docente, a sua professor(a), torna-se uma aliada na construção de práticas pedagógicas mais inclusivas e eficazes. A formação evidenciou que não devemos temer a IA, mas sim apropriar-nos dela de forma consciente e ética, tendo em vista que o(a) professor(a) continua sendo o(a) protagonista do processo educativo, aquele(a) que estabelece vínculos, que motiva, que adapta o ensino às necessidades individuais e que, principalmente, educa para a cidadania e para a vida.
E, como bem nos ensina Bell Hooks, educar é um ato revolucionário e também um ato de amor, essa frase está no início desse site e, como educador, creio que ela revela a potência do ato de ensinar, a potência do nosso papel como agentes de transformação social e das próximas gerações. Integrar a equipe do Edelvira e também estar junto nessa jornada para formar o futuro, um futuro melhor, é um privilégio e responsabilidade, sabendo que cada dia em sala de aula é uma oportunidade de fazer a diferença na vida de nossos estudantes e, consequentemente, na construção de uma sociedade mais justa e humana, algo que os meus colegas já o fazem com maestria.




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